terça-feira, maio 31, 2011


Consequências da Guerra Mundial

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  • 11 milhões de mortos (destes, 8 milhões eram combatentes).
  • Fim dos impérios Russo, Austro-Húngaro, Alemão e Otomano.
  • Surgimento de novos Estados europeus:
    Do desmembramento do Império Austro-Húngaro: Áustria, Hungria, Checoslováquia e Iugoslávia (nome oficial da “Grande Sérvia”, criado em 1931).
    Do desmembramento do Império Russo:
    URSS, Finlândia, Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia.
  • Crise econômica generalizada, com especial gravidade na URSS, Itália e Alemanha.
  • Surgimento dos regimes totalitários, tanto de esquerda (comunismo) como de direita (fascismo).
  • Ascensão dos EUA à posição de maior potência mundial.
  • Criação da Sociedade das Nações ou Liga das Nações – um dos poucos itens dos “14 Pontos” que foram aproveitados.
  • Existência de minorias étnicas com tendência separatista em vários países da Europa Central e Oriental, criando graves focos de tensão.

Fatores gerais

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  • Disputa dos mercados internacionais pelos países industrializados, que não conseguiam mais escoar toda a produção de suas fábricas. Tal concorrência era particularmente acirrada entre a Grã-Bretanha e a Alemanha.
  • Atritos entre as grandes potências devido a questões coloniais. Alemanha, Itália e Japão participaram com atraso da corrida neocolonialista e estavam insatisfeitos com as poucas colônias que haviam adquirido.
  • Exacerbação dos nacionalismos europeus, manipulados pelos respectivos governos como um meio de obter a adesão popular à causa da guerra. Há que considerar ainda o nacionalismo das populações que se encontravam sob o jugo do Império Austro-Húngaro ou do Império Russo e ansiavam pela independência.

Fatores específicos

  • A França alimentava em relação à Alemanha um forte sentimento de revanchismo, por causa da humilhante derrota sofrida na Guerra Franco-Prussiana de 1870-71, e desejava recuperar a região da Alsácia-Lorena, perdida para os alemães naquele conflito.
  • A Itália, cujo processo de unificação política ocorrera no século XIX, desejava incorporar as cidades “irredentas” (não-redimidas) de Trento e Trieste, que continuavam em poder da Áustria-Hungria.
  • O Reino da Sérvia aspirava à formação de uma Grande Sérvia; para tanto, pretendia anexar o vizinho Reino do Montenegro e as regiões da Bósnia-Herzegovina, Croácia e Eslovênia, pertencentes ao Império Austro-Húngaro. As ambições sérvias eram respaldadas pela Rússia, desejosa de consolidar sua influência nos Bálcãs para ter acesso ao Mar Mediterrâneo.
  • O decadente Império Otomano (Turquia), apelidado O Homem Doente da Europa, vinha sofrendo uma dupla pressão: da Rússia, que tencionava apossar-se dos estreitos do Bósforo e dos Dardanelos, e da Grã-Bretanha, que desejava libertar as populações árabes do domínio turco, a fim de poder explorar o petróleo do Oriente Médio. Tal situação levou o governo otomano a se aproximar da Alemanha, em busca de ajuda técnica e militar.


O começo da guerra no Pacífico

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O Japão decidiu apoderar-se do petróleo e demais recursos do Sudeste Asiático e suas ilhas, mas sabia que essas ações desencadeariam uma guerra contra os Estados Unidos. Sua maior preocupação era a frota norte-americana do Pacífico, estabelecida em Pearl Harbor (Havaí). Em 7 de dezembro de 1941 as aeronaves japonesas transportadas em porta-aviões bombardearam essa base naval. Os Estados Unidos entraram na guerra contra o Japão em 8 de dezembro e a Alemanha e a Itália declararam guerra aos Estados Unidos três dias depois. 


curiosidades sobre a guerra mundial

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* Novos armamentos surgiram com a Guerra como a metralhadora;

* Novas técnicas de combate também foram empregadas como o uso das trincheiras - valas cavadas nos campos de combate onde se posicionavam os soldados e que melhor os protegiam dos tiros constantes;
 
* O Brasil participou indiretamente da Guerra com o envio de remédios e alimentos aos combatentes;
 
* A Rússia se retirou da Guerra em 1917 pois nesse ano viveu um conflito interno - a Revolução Russa;
 
* Os soldados achavam que o conflito duraria pouco, mas se enganaram. Eles pensavam que estariam de volta no natal do mesmo ano (1914)!

* Hitler lutou ao lado dos alemãs e acabou preso. Na cadeia escreveu o livro "Mein Kampf" - Minha Luta - onde defendia a existência da raça ariana;

* Cerca de 13 milhões foram mortos e 20 milhões foram feridos;

* A 1ª Guerra foi anunciada como " Guerra para terminar com as guerras". Vinte e um anos depois surgia a 2ª Guerra

Antecedentes

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  Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana.O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

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Do ponto de vista da burguesia dos grandes países industrializados, o planeta experimentava um tempo de progresso econômico e tecnológico. Confiantes de que a civilização atingira o ápice de suas potencialidades, os países ricos viviam a simples expectativa de disseminar seus paradigmas às nações menos desenvolvidas. Entretanto, todo esse otimismo encobria um sério conjunto de tensões.

Com o passar do tempo, a relação entre os maiores países industrializados se transformou em uma relação marcada pelo signo da disputa e da tensão. Nações como Itália, Alemanha e Japão, promoveram a modernização de suas economias. Com isso, a concorrência pelos territórios imperialistas acabava se acirrando a cada dia. Orientados pela lógica do lucro capitalista, as potências industriais disputavam cada palmo das matérias-primas e dos mercados consumidores mundiais.

Um dos primeiros sinais dessa vindoura crise se deu por meio de uma intensa corrida armamentista. Preocupados em manter e conquistar territórios, os países europeus investiam em uma pesada tecnologia de guerra e empreendia meios para engrossar as fileiras de seus exércitos. Nesse último aspecto, vale lembrar que a ideologia nacionalista alimentava um sentimento utópico de superioridade que abalava o bom entendimento entre as nações.

Outra importante experiência ligada a esse clima de rivalidade pôde ser observada com o desenvolvimento da chamada “política de alianças”. Através da assinatura de acordos político-militares, os países europeus se dividiram nos futuros blocos políticos que conduziriam a Primeira Guerra Mundial. Por fim, o Velho Mundo estava dividido entre a Tríplice Aliança – formada por Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália – e a Tríplice Entente – composta por Rússia, França e Inglaterra.

Mediante esse contexto, tínhamos formado o terrível “barril de pólvora” que explodiria com o início da guerra em 1914. Utilizando da disputa política pela região dos Bálcãs, a Europa detonou um conflito que inaugurava o temível poder de metralhadoras, submarinos, tanques, aviões e gases venenosos. Ao longo de quatro anos, a destruição e morte de milhares impuseram a revisão do antigo paradigma que lançava o mundo europeu como um modelo a ser seguido.

As crises Anteriores Á Guerra

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   Dentre as sucessivas crises do inicio do século XX, que levaram as nações europeias à beira da guerra, vamos destacar a Questão Marroquina e a Questão Balcânica.


   - A Questão Marroquina
 
   Em 1904, a França e a Inglaterra haviam chegado a um acordo quanto a seus interesses no norte da África: a Inglaterra assumiria o controle do Egito em troca do apoio á França para dominar o Marrocos. No entanto, a Alemanha se sentiu prejudicada e estimulou a autonomia do território marroquino, embora sob sua infuência economica. O ponto culminante da crise ocorreu em 1905, quando o kaiser Guilherme II visitou a cidade de Tânger e prometeu proteção militar ao Marrocos, desde que o país praticasse o livre-comércio com todas as potências.
   A Confererência de Algeciras, em 1906, resolveu temporariamente a questão, com a garantia de direitos aos alemães e franceses naquele território. Todavia, o foco de tensão continuou existindo, e novas crises foram desencadeadas em 1908 e 1911, mesmo depois que a França cedeu o congo francês à Alemanha, em troca de os alemães abandonarem suas pretensões em relação ao Marrocos.


  - A Questão Balcânica

    A crise doas Bálcãs tem suas origens na desagregação do Imperio Turco e no surgimento de novos países na região, como Sérvia, Grécia, Romênia e Bulgária. Já apontamos que, pelo pan-eslavismo, a Rússia entrava em choque com interesses austríacos. Os alemães, ao projetarem a ferrovia Berlim Bagdá, aproximavam-se dos turcos e ameaçavam a influência russa no Oriente Média, aumentando ainda mais as tensões na região.
    Em 1912, uma aliança de países balcânicos declarou guerra contra o Império Turco, ocorrendo, todavia, uma disputa entre esses países sobre a partilha dos terrotórios conquistados. Em 1913, a Bulgária - com apoio austríaco - atacou a Sérvia, mas foi derrotada pela coligação desta com Montenegro, Romênia e Grécia. Disso se aproveitaram os povos da Bósnia-Herzegovina, que se rebelaram contra o domínio austríaco.
   A Sérvia, com respaldo russo, apoiou então os movimentos nacionalistas eslavos dentro do Império Austríaco. Em 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do troco austríaco, viajou para a cidade de Saravejo, na Bósnia, onde iria anunciar a criação de uma monarquia, planejaram um atentado contra Ferdinando, por meio de uma organização secreta nacionalista, a Mão Negra, e, em 28 de junho de 1914, o estande sérvia Gravilo Princip assassinou a tiros o arquiduque e sua esposa.
   Em represália, a Áustria lançou um agressivo ultimato á Sérvia, axigindo, dentre outras coisas, a eliminação, com a paticipação austriaca, de todas as organizações nacionalistas dentro do país. Era um pretexto para a guerra entre os dois países, declarada no 1° de agosto de 1914. A partir daí, o sistema europeu de alianças foi acionado, com a Rússia declarando seu apoio á Sérvia, e a Alemanha apoiando a Áustria. Franceses e ingleses, pouco depois, declarada pela diplomacia secreta de antes da guerra, afirmava sua neutralidade.