terça-feira, maio 31, 2011


As crises Anteriores Á Guerra

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   Dentre as sucessivas crises do inicio do século XX, que levaram as nações europeias à beira da guerra, vamos destacar a Questão Marroquina e a Questão Balcânica.


   - A Questão Marroquina
 
   Em 1904, a França e a Inglaterra haviam chegado a um acordo quanto a seus interesses no norte da África: a Inglaterra assumiria o controle do Egito em troca do apoio á França para dominar o Marrocos. No entanto, a Alemanha se sentiu prejudicada e estimulou a autonomia do território marroquino, embora sob sua infuência economica. O ponto culminante da crise ocorreu em 1905, quando o kaiser Guilherme II visitou a cidade de Tânger e prometeu proteção militar ao Marrocos, desde que o país praticasse o livre-comércio com todas as potências.
   A Confererência de Algeciras, em 1906, resolveu temporariamente a questão, com a garantia de direitos aos alemães e franceses naquele território. Todavia, o foco de tensão continuou existindo, e novas crises foram desencadeadas em 1908 e 1911, mesmo depois que a França cedeu o congo francês à Alemanha, em troca de os alemães abandonarem suas pretensões em relação ao Marrocos.


  - A Questão Balcânica

    A crise doas Bálcãs tem suas origens na desagregação do Imperio Turco e no surgimento de novos países na região, como Sérvia, Grécia, Romênia e Bulgária. Já apontamos que, pelo pan-eslavismo, a Rússia entrava em choque com interesses austríacos. Os alemães, ao projetarem a ferrovia Berlim Bagdá, aproximavam-se dos turcos e ameaçavam a influência russa no Oriente Média, aumentando ainda mais as tensões na região.
    Em 1912, uma aliança de países balcânicos declarou guerra contra o Império Turco, ocorrendo, todavia, uma disputa entre esses países sobre a partilha dos terrotórios conquistados. Em 1913, a Bulgária - com apoio austríaco - atacou a Sérvia, mas foi derrotada pela coligação desta com Montenegro, Romênia e Grécia. Disso se aproveitaram os povos da Bósnia-Herzegovina, que se rebelaram contra o domínio austríaco.
   A Sérvia, com respaldo russo, apoiou então os movimentos nacionalistas eslavos dentro do Império Austríaco. Em 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do troco austríaco, viajou para a cidade de Saravejo, na Bósnia, onde iria anunciar a criação de uma monarquia, planejaram um atentado contra Ferdinando, por meio de uma organização secreta nacionalista, a Mão Negra, e, em 28 de junho de 1914, o estande sérvia Gravilo Princip assassinou a tiros o arquiduque e sua esposa.
   Em represália, a Áustria lançou um agressivo ultimato á Sérvia, axigindo, dentre outras coisas, a eliminação, com a paticipação austriaca, de todas as organizações nacionalistas dentro do país. Era um pretexto para a guerra entre os dois países, declarada no 1° de agosto de 1914. A partir daí, o sistema europeu de alianças foi acionado, com a Rússia declarando seu apoio á Sérvia, e a Alemanha apoiando a Áustria. Franceses e ingleses, pouco depois, declarada pela diplomacia secreta de antes da guerra, afirmava sua neutralidade.

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